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O bolo

7:30 da manhã. Abro os olhos e não tenho mais sono. Que porra, hoje que posso dormir mais um bocado, acordo a estas horas e já sem sono.

Faço uma tentativa de voltar a dormir, como se enganando a natureza do não sono. Em falso. Abro um olho e ainda estou acordado.

Levanto-me e, pouco me importando com os vizinhos de cima que às tantas da noite pareciam estar a dar uma Rave Party em casa, coloco Roger Waters a bom som e vou para a cozinha com a ideia de fazer um bolo de chocolate.

Frustração, pois o único bolo de chocolate que sei fazer leva uma chávena de óleo e cá em casa não há. Esqueci-me de comprar.

Nova ideia, fazer um bolo de bolacha. Dizem que é fácil e até tenho a receita.

Posso-vos dizer que, depois de ter estragado 500 gr de manteiga, 1 kg de açucar, algum café, uma busca à net de como se fazia um bolo de bolacha mais fácil que a minha receita e ter sujado loiça que parecia estar a fazer um almoço para um casamento cigano. Depois de ter transporcado a banca da cozinha e uns quantos panos de loiça... lá terminei o bolo.

Não, não vou aqui colocar a foto dele, pois nem sei se tenho coragem de lhe meter o dente. Acho mesmo que aquele é um bolo impróprio para diabéticos.

Está no congelador durante uma hora, como dizia a receita. Ainda estou para ver o que dali vai saír.

Conclusão: Quem não tem jeito, não tem. Não sei porque insisto.